E se esvai no momento seguinte...

terça-feira, 26 de julho de 2011

Imslandres e Dante [Parte 2]

Veja antes a Parte 1.


Dante beijou a mão da bela moça chamada Elisa em um gesto calmo e devagar, sempre olhando-a nos olhos, ela manteve o olhar sempre com aquele ar de altivez que demonstrava a sua boa educação. Um sorriso se formou nele depois que beijou a bela mão da princesa, pois sim, era a última filha do Rei do Norte, conhecido por Aaeron, o Conquistador.


Ele a colocou nas costas e saiu correndo velozmente para o sul, ao longo de uma trilha grande dentro de uma floresta cerrada. Encontraram abrigo em uma caverna algum tempo depois, o não-humano se encarregou de vasculhar o local para ver se não estavam sozinhos e a princesa foi buscar lenha ali perto. Logo o dia virou noite em um inesperado eclipse solar, ela colocou a lenha dentro da primeira abertura da caverna e Dante retornou falando que não havia ninguém além deles ali e era um local fechado e seguro. Quando ele olhou pra pilha de lenha abaixou-se e pediu para ela olhar para a parede da caverna, ele abaixou, assoprou de leve e um "fio" de fogo saiu pela sua boca fazendo a lenha começar a queimar, enquanto isso ele atritava duas pedras...


Elisa estava se sentindo confortável com aquele ser estranho ao seu lado, era muito melhor que estar morta, ela pensou no vilarejo que ficava nos limites da sua cidade e perguntou o quanto ele teria sido atingido, mas nenhum destes pensamentos criaram vida em sua mente e Elisa ficou admirando aquela beleza selvagem e exótica que aquele ser do sexo masculino representava. Dante, percebendo que ela o observava enquanto ele pensava no tempo em que passou dormindo, então perguntou: " Em que ano estamos?" ela riu e se perguntou internamente se ele não era apenas mais uma criatura bizarra que o tempo fez enlouquecer, mas se limitou a responder: "Ano 231 da Quarta Era". Surpreso ele fez as contas rapidamente, mais de três séculos dormindo! Bem, já estava na hora de acordar... Voltando para a realidade ele agradeceu e se pôs a pensar no que teria acontecido na sua ausência.


A princesa se aproximou da pequena fogueira e fitou Dante até adormecer. Acordou com o rugido de  um dragão verde adulto com olhos de gato dourados, olhos que pareciam que ela já tinha visto em algum lugar, mas não soube dizer ao certo e ela não via Dante por lugar algum, parecia que ele nunca tinha existido. Neste momento o dragão que pairava sobre ela soltou labaredas de fogo, e começou um incêndio na floresta ao redor da caverna, apavorada ela conseguiu se jogar para dentro da caverna e esperar pelo melhor momento de sair. Descobriu uma corrente de ar que vinha de baixo e achou uma passagem para um salão logo abaixo, sem pensar muito tirou as partes externas do vestido e se esgueirou pela passagem.


Quando chegou no salão sentiu as correntes de ar passarem por ela e assim estaria a salvo da fumaça que infestava a parte de cima da caverna. Elisa não soube dizer ao certo quanto tempo se passou desde que acordara, mas pareciam anos que estava ali embaixo. Descobriu um rio raso que cortava o lugar mas não sentiu a coragem necessária para explorá-lo, ali embaixo estava escuro, só a parte que ela se encontrava tinha alguma luz. Pensou em como sair dali, nos seus pais, na vontade estúpida de andar ao redor do lago antes das montanhas explodirem, pensou em Dante e no modo como ele mexia o nariz enquanto pensava. Em um momento ela pensava, no outro ele estava ali parado com os braços cruzados olhando-a com desejo. Ele a cortejou, ela não soube porque mas cedeu aos encantos dele, no sangue dele corria magia, isto ela podia sentir.


Surgiram velas ao redor deles, ele a puxou para perto e disse: "Você é a princesa mais linda que eu já conheci" e a beijou. Ela não pensava mais, se deixou levar pelo momento e quando percebeu, sentiu a dor do defloramento seguida de um prazer gigante. Quando terminaram o ar continha o cheiro de sangue, sexo e velas queimadas. Elisa queria morrer de tanta felicidade, Dante pegou uma faca feita com dente de dragão e rasgou-a entre os peitos quebrando as costelas dela que estava imóvel. Elisa estava feliz e triste, completamente cansada e confusa, mas estava anestesiada pelo torpor do momento. Ele ergueu o coração dela com as mãos e começou a comer, com somente aquele pedaço de Elisa ainda batendo. Quando terminou a deixou ali para quem encontrasse, uma ex-donzela sem coração, morta pela fome de um dragão. Assim começou a caçada ao Smogg, que somente Elisa conheceu e admirou, aquele que se chamava Dante.

Espero que tenham gostado do conto, comente, clique em gostei ali embaixo. Fique a vontade!

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