E se esvai no momento seguinte...

quarta-feira, 27 de abril de 2022

Espelho estranho

Já faz algum tempo que não me reconheço no espelho, que dirá nas fotos não tão antigas em que eu apareço sorrindo e conquistando o mundo.
Sinto que aquela pessoa não sou eu, é apenas a foto de uma pessoa que se tornou uma estranha pra mim, no entanto continua sendo a pessoa protagonista da minha história: eu mesma.

Há pouco mais de um ano eu viajei para lugares incríveis, e devo dizer que a viagem em si era demais! Conheci pessoas totalmente das que convivo normalmente, curti demais, sorri demais e também chorei demais na hora de voltar.

Como história sobre coração partido faz parte, vou pular o caso como um "amor de praia" há também o "amor de viagem" e você pode deduzir o resto.

Em algum ponto eu me perdi e sinceramente, ainda estou tentando encontrar os milhões de pedaços espalhados por aí...

A cada dia mais fui me tornando mais dura, me proibindo de sentir emoções que poderiam me atrapalhar nos compromissos da vida, como trabalho e faculdade. E no semestre passado ralei tanto que consumi um pouco da minha sanidade mental. Sem contar o namoro que começou desde a virada do ano, afinal, é bom mas dá trabalho também.

Engordei cerca de 10 kg e depois de mil perguntas se eu estava grávida, as quais posso dizer que fiquei profundamente ofendida pq não posso nem engordar em paz... (Traduzido como: pq você não cuida da sua vida?). Assim tive mil crises de ansiedade, episódios de comilança pra aliviar a tensão, horríveis dores principalmente nas costas e na cabeça, desânimo, insônia, acne, baixa auto-estima, entre muitos outros.

Por causa de diversos fatores eu me fechei ainda mais na minha concha, sem pessoas com quem podia confiar para conversar eu fui cada dia mais definhando, mas continuava negando meus sentimentos. Até que um dia isto foi amolecendo de volta e eu tive crises e mais crises de choro, muito provavelmente de todos aqueles sentimentos que eu engoli a seco e que agora estão voltando cada dia mais fortes.

Cada dia é uma luta pra não cair na tentação de querer coisas que um dia irão acontecer de qualquer forma. Estou profundamente triste, na minha fase depressiva de volta, odeio estar nesta montanha-russa sentimental.

Preciso mais do que nunca de abraços, risadas, conversas informais e de piadas. Quero voltar a escrever, algo que para mim sempre foi uma terapia muito foda, e que atualmente eu tenho deixado de lado.

Quero conhecer o mundo, quero me apaixonar novamente (não precisa ser outra pessoa), quero descobrir, quero ler, quero poder brincar, quero ter a minha vida de volta, meus amigos, as pirações infinitas e as infinitas possibilidades. É tão  triste restringir seu mundo a quem tem coisas melhores para fazer, amigos melhores que você, qualquer coisa que seja melhor que a sua própria companhia...

Quero ver de volta o brilho no olhar, quero ter este brilho em meus olhos, quero ter orgulho de ser quem sou!

Mas afinal, quem sou eu mesmo?
Será que sou esta imagem distorcida do espelho mesmo?

[11/07/17 - 12:58]

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Crenças limitantes

Agora eu entrei aqui no meu blog e vi quantas postagens que estão escondidas em rascunhos e percebi que muitas vezes é assim que eu me sinto. Ocupando o papel com rabiscos e rascunhos que ninguém verá. Vivendo a minha vida pela metade e sonhando com acontecimentos que nunca irão acontecer ou que já aconteceram.

Recentemente recebi a mensagem que eu preciso trabalhar com o meu amor próprio, pois eu cuido tanto dos outros e das coisas que acabo esquecendo ou não cuidando de mim. Sinto que não me amo, quando eu desejo morrer. Sinto que não me amo quando digo sim querendo dizer não, ou quando digo não pra mim repetidas vezes. Afinal, eu acredito não merecer ser feliz, não merecer ser amada. Eu sei que isso faz parte das crenças limitantes...

A razão de várias postagens estarem no modo rascunho é que eu não quero escrever algo que não seja perfeito, não posso mostrar os meus defeitos senão ninguém vai me amar. Pois é, pareço de boas, mas por dentro estou em um turbilhão de pensamentos que limitam o meu potencial. Tudo isso com certeza irá mudar!

Ah! Quero dizer também que eu fiz um curso de Reiki I esse final de semana e foi fantástico, maravilhoso e um encontro cósmico cheio de amor ♥️

É isso aí!!
#paz

sábado, 29 de junho de 2019

Devaneios noturnos

Era uma vez uma moça que vivia em um lugar lindo, mas ela não sentia que pertencia realmente àquele lugar. Sentia-se como um peixe fora d'água, lutando para respirar em uma atmosfera que não era a dela. Buscando se encaixar, mas não encontrava seu lugar. Talvez ela fosse a peça errada de um brinquedo há muito tempo perdido. A última peça que não tinha sido guardada no guarda-roupa.

Sentia-se só, como se o mundo estivesse a engolindo de dentro por fora. Apreciara o pôr do sol e o nascer do sol, a mudança das estações, as chuvas e os eventos estelares, o ciclo das marés, a alegria do começo, a dor da perda. Mas era como se nada disso fosse realmente importante. Faltava amor universal, faltava o sorriso no rosto, aquele que antes era constante e abundante.

Mais do que só sentia-se abandonada, como se seu próprio povo tivesse ido embora e a deixado esquecida para trás...

Até que um dia seu mundo ganhou mais cor quando o conheceu... Ele, ela nunca iria esquecer, daquele brilho no olhar, a sensação da sua pele na dela, o calor dos seus beijos, a tempestade de prazer infindável que advinha de sua presença, seu cheiro, seu gosto. Parecia que nunca era o suficiente.

Ele tinha seu coração, seu desejo, sua loucura atadas à dele. Era recíproco, ela a instigava tanto quanto ele a deixava louca. Não importava o nome que tinha ou não... Era o momento deles, delicado, delicioso, delirante... Nessas horas ela sentia que poderia ser completamente ela mesma, sem medos, sem vergonhas estranhas, sem restrições. E ele sentia o mesmo.

Quando ele se foi, ela se sentiu sozinha de volta, ansiosa por encontrá-lo, nem que fosse no além ou na brevidade de um sonho. Daria tudo para sentir o gosto do seu beijo mais uma vez.

Quando chegou a sua vez, ela abraçou a morte como se fosse uma velha amiga, conversou com ela e pediu conselhos além vida. Ele a estava esperando, não pela última vez.

Como pode um mundo inteiro caber dentro de apenas um abraço?♥️

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Cap 18 - O Retorno

Fazia tempo que eu não via aquelas mesmas paisagens, aqueles mesmos rostos, sentia o cheiro de minha infância, ainda conseguia ouvir as brincadeiras que fazíamos.
Então tive que lidar com o momento que a memória mais aterrorizante que tinha vivido ali retornara para me assombrar. Ao contrário do que sempre fiz me permiti analisar com outros olhos aquela situação... Eu era apenas uma vítima, não tinha culpa pelo o que tinha me acontecido, mas eu não queria contar para a minha família, pois eles não entenderiam... Mesmo assim, contei do abuso que tinha sofrido em uma noite sem lua por algum idiota viajante, falei sobre a minha decisão de fugir, que trabalhei como mulher da vida por um tempo em um cabaré e que viajei para vários lugares e conheci muitas pessoas e paisagens, algumas maravilhosas outras nem tanto.
O nosso reencontro foi doído, houve muito choro e pedidos de desculpas, embora ninguém de minha família fosse culpado de nada; nem mesmo eu. Meu pai e meus avós já tinham morrido. Que Deus os abençoe e os guie para a luz! Perdão papai, nunca deveria ter partido.
Minha mãe estava velha e um pouco caduca, me reconheceu de primeira, mas acho que as emoções fortes acionaram o mecanismo de defesa e ela não me reconheceu mais... Devaneou contando histórias sobre a filha mais velha dela que tinha desaparecido no mundo: eu.
Se eu soubesse o quão errada eu estava por acreditar em ameaças vãs, por acreditar que eu não teria o apoio que agora consigo ver que eu teria... Talvez eu nunca estivesse partido... Talvez eu tivesse partido mesmo assim...
Mas agora não era tempo de se lamentar, já tinha sofrido muito em minha vida e feito muitas pessoas sofrerem com a minha ausência. Era o tempo de cuidar de minha mãe, como ela me cuidou quando eu nasci, era tempo de retribuir e de amar infinitamente.
Assim todas as histórias e tramas que tinha vivido pareciam apenas um sonho ruim que acabou. De qualquer forma era o que eu esperava que acontecesse, nenhum dos homens que me enganaram habitavam mais meu coração, escrevi tudo em muitas páginas de tristeza e sofrimento, li e reli até parecer que não era mais sobre mim que tudo falava e queimei. Queimei não porque estava com vergonha do passado, não. Queimei tudo pois era o único modo que fazia sentido para eu seguir em frente.
O tempo passou e minha mãe morreu, e com ela uma parte de mim! Mas agora eu sabia que era apenas mais uma parte do ciclo natural da vida, uma passagem rumo ao desconhecido. Vendemos a casa de meus pais e eu comprei um chalé no sopé da montanha, cultivava ervas e escrevia canções de amor e alegria, ou seja, tudo aquilo que eu gostaria de ter encontrado na vida e que agora estavam mais perto de mim com essa conexão mágica que tinha com a natureza, os animais e o povo que vivia perto vinha me visitar quando necessitavam de um elixir, quando uma grávida estava perto de dar à luz ou quando alguém estava para fazer a sua passagem para o mundo desconhecido de onde viajante nenhum retorna.

Escrito há muito tempo atrás, publicado em 24/10/18.

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Passado

Oi! Tudo bem com você?

Fazia muito tempo que eu não escrevia aqui naquele formato que adoramos ou não...
O fato é que estava pensando sobre o passado, sabe?

Todas aquelas histórias micosas, divertidas, não tão divertidas assim, tristes, porém sobrevivemos! Tamo aí vivendo, pagando uns boletos e se divertindo quando dá... Faz parte do rolê

Enfim, estava pensando sobre o quanto eu sou apegada ao passado, às pessoas que conheci, aos rolês que fiz, aulas de campo, conversas aleatórias em momentos únicos. Todas as experiências e sensações que vivi e que estão guardadas em minhas memórias.

Junto a elas tem emoções que não processei direito na época, que ficam guardadas e de repente retornam à superfície em um momento aleatório da vida. Daí eu choro muito, sem saber o porquê, até mesmo já esqueci o evento que me magoou, ou me deixou com raiva ou alguma outra emoção negativa. Mas os efeitos continuam lá...

Estranho não?

Mas todo aprendizado é válido e essas situações existem para a nossa evolução. Então deixo o choro rolar, tento me conectar com a situação que me deixou mal e me liberto.

#por um mundo com uma ótima saúde mental

É só isso mesmo!

Boa noiteeeee

Ou bom dia
Ou boa tarde
Ou boa madrugada
Ou boa alvorada
Ou...
Faloou!

Paz ✌️